Por Assessoria de Imprensa
26/05/2022 10:04A
décima reunião do ano para o grupo de convivência e fortalecimento de vínculos
- de 30 a 59 anos, realizada pelo CRAS, ocorreu dia 11/05/2022, no CCI (Centro
de Convivência do Idoso) e teve como destaque uma palestra sobre DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis.
O encontro contou com a
colaboração da Equipe do ESF I, e a palestra foi ministrada pela enfermeira
Dalila de Castro Ceolin e a técnica de enfermagem Márcia Pereira, que contaram
com o apoio das agentes comunitárias: Valdenice, Luzia, Sandra e Sueli que
abordaram o tema sobre DST.
As Doenças Sexualmente
Transmissíveis são contraídas por meio do ato sexual, sem proteção (camisinha),
onde há troca de fluídos dos órgãos genitais. Elas podem ser de origem viral,
bacteriana ou por parasitas. Entre as mais comuns estão a Aids, Sífilis,
Gonorreia, Herpes, HPV e Clamídia. Geralmente, essas doenças se manifestam por
meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas DST são de fácil
tratamento e de rápida resolução. Outras, têm tratamento mais difícil ou podem
persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada pelos pacientes.
Consideradas um problema de saúde pública, essas doenças podem gerar graves
complicações como esterilidade, aborto, deficiência física e mental, câncer e
podem, inclusive, levar o portador a óbito.
Algumas DSTs também podem
ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou durante o
parto. Podem provocar, assim, a interrupção espontânea da gravidez ou causar
graves lesões ao feto, outras podem também ser transmitidas por transfusão de sangue
contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de
drogas injetáveis.
Fatores de Risco
O maior fator
de risco é o contato sexual promíscuo sem proteção, que é caracterizado por
pessoas que tiveram mais que quatro parceiros no último ano e não fizeram uso
de preservativo. Gestantes contaminadas também oferecem risco de transmitir a
doença ao feto. Para algumas delas, como a AIDS, é possível receber um coquetel
que inibe o contágio do feto com o vírus, além de passar pelo parto cesariana
para evitar o contato com o sangue contaminado.
Prevenção
A forma mais
eficaz e segura de prevenção contra as DST é o uso do preservativo. Existe no
mercado modelos femininos e masculinos que, se utilizados de forma correta e
durante todo o ato sexual, podem assegurar a não-contaminação. Para quem
acredita ter contraído o vírus, também é possível consumir um coquetel em até
72 horas após a exposição. É importante lembrar que 97% dos jovens afirmam
conhecer o uso do preservativo na prevenção da AIDS e das outras DST, segundo o
Ministério da Saúde, mas apenas 61% deles usaram a proteção na primeira relação
sexual, ficando exposto a todos os vírus, bactérias e parasitas. Outros métodos
utilizados para evitar a gestação indesejada como a pílula anticoncepcional não
são eficazes para prevenção de doenças.
Algumas
doenças também podem ser prevenidas através de vacinas, como o HPV, que é
responsável por grande parte das verrugas genitais e o câncer do colo do útero.
Neste caso, para maior eficiência a vacinação deve ocorrer em meninas ainda
jovens, que não iniciaram a vida sexual.
Diagnóstico
Para
identificar a presença de bactérias, vírus ou parasitas são feitos exames de
sangue que podem ser repetidos para a confirmação do diagnóstico. A avaliação
médica para identificação de alguns sintomas também pode indicar a presença
desses agentes.
Tratamento
Pela
diversidade de doenças e sintomas, os tratamentos são muitos diversificados.
Alguns são apenas de controle e não possuem cura. Em geral, as indicações
médicas são de antibióticos ingeridos via oral e exames para acompanhamento da
evolução da doença.
Ao término da
palestra foram realizados testes rápidos com todos os participantes, sendo
eles: teste rápido de HIV; Sífilis; Hepatite B e Hepatite C.
Tipos de Doenças Sexualmente
Transmissíveis:
· Aids: causada pela infecção do
organismo humano pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida). O HIV compromete
o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar
adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas,
tais como: bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
· Cancro Mole: também chamada de cancro venéreo,
popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas
com base mole.
· Clamídia: também é uma DST muito comum e
apresenta sintomas parecidos com os da gonorreia, como, por exemplo, corrimento
parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As mulheres
contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a
infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção.
Nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais,
gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade.
· Condiloma acuminado ou HPV: é uma lesão na região genital,
causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A doença é também conhecida como
crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Seria importante aqui destacar
que pode causar vários tipos de câncer (colo de útero; pênis; vagina, vulva,
ânus, orofaringe e boca.
· Gonorreia: é a mais comum das DST. Também
é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas mulheres,
essa doença atinge principalmente o colo do útero.
· Herpes: manifesta-se através de
pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na
ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar,
a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.
· Linfo granuloma venéreo: caracteriza-se pelo
aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que
se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Após a cura da lesão
primária surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse
inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e
formação de feridas que drenam pus.
· Sífilis: manifesta-se inicialmente como
uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas
virilhas. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam
pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à
pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua
a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive
nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do
coração, paralisias.
· Tricomoníase: os sintomas são,
principalmente, corrimento amarelo-esverdeado, com mau cheiro, dor durante o
ato sexual, ardor, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Na
mulher, a doença pode também se localizar em partes internas do corpo, como o
colo do útero. A maioria dos homens não apresenta sintomas. Quando isso ocorre,
consiste em uma irritação na ponta do pênis.
Sintomas
As DST's podem apresentar sintomas diferentes por
sua grande variedade de atores patológicos. Veja os sintomas que podem
caracterizar algumas delas:
Gonorreia, clamídia e tricomoníase: corrimento
(branco, cinza ou amarelado), coceira, dor ao urinar, dor durante o ato sexual
e odor forte.
Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma e
ureoplasma: corrimento (amarelado ou claro), odor forte, coceira e dor ao
urinar.
Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose,
linfogranuloma venéreo: feridas na região genital que podem causar dor, bolhas
e às vezes ínguas na virilha.
Gonorreia, clamídia e infecção por outras
bactérias: dor abaixo do ventre e durante a relação sexual.
HPV: verrugas genitais.
O CRAS agradece a colaboração da Saúde, que por
meio do PSF 1 contribuiu para o encontro, trazendo informações muito
importantes para o grupo de convivência.
Fonte: Promoção Social