Por Assessoria de Imprensa
02/06/2022 08:45Atividades e reuniões do Grupo de Convivência no mês de
maio
No mês de maio, o CRAS realizou a décima
segunda e décima terceira reunião do ano com o grupo de convivência e
fortalecimento de vínculos - Idoso. As reuniões ocorreram nos dias 17 e 24/05, no
CCI - Centro de Convivência do Idoso.
O décimo segundo encontro destacou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que é lembrado no dia 18/05 e contou
com a presença da psicóloga e visitadora do Programa Criança Feliz: Priscila
Andressa Freire Calsado Madeiral, que abordou o tema referente ao dia em questão.
Durante a palestra, a Psicóloga trouxe informações de que diariamente,
crianças e adolescentes são expostos a inúmeras formas de violência nos mais diversos
ambientes por eles frequentados. "Dessa forma, a família, a sociedade e o
poder público, devem ser envolvidos na discussão e nas atividades propostas em
relação à prevenção ao abuso e exploração sexual, alertando principalmente que as
vítimas, em sua grande maioria, não têm a percepção do que é o abuso sexual",
diz Priscila.
O grupo presente na reunião conheceu por meio da palestra os meios de
abusos, e segundo a ministração, a violência sexual de crianças e adolescentes
pode ocorrer em várias idades (incluindo bebês), e em todas as classes sociais,
podendo ser de várias formas, como:
· Abuso sexual: a criança é utilizada
por adulto, ou até um adolescente, para praticar algum ato de natureza sexual;
·
Exploração
sexual: usar crianças e adolescentes com propósito de troca ou de obter lucro
financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou
também em rede de prostituição.
A proposta anual da campanha no Combate ao Abuso e Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes é destacar a data para mobilizar,
sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em
defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda
criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e
protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve
vários fatores de risco e vulnerabilidade quando se considera as relações de
gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, de classe social, de geração e de
condições econômicas. Nessa violação, são estabelecidas relações diversas de poder,
nas quais tanto pessoas ou redes utilizam crianças e adolescentes para
satisfazerem seus desejos e fantasias sexuais e obterem vantagens financeiras e
lucros. Nesse contexto, a criança ou adolescente não é considerado sujeito de
direitos, mas um ser despossuído de humanidade e de proteção.
A violência sexual contra meninos e meninas ocorre tanto por meio do
abuso sexual intrafamiliar ou interpessoal como na exploração sexual. Crianças
e adolescentes vítimas de violência sexual, por estarem vulneráveis, podem se
tornar mercadorias e assim serem utilizadas nas diversas formas de exploração
sexual como: tráfico, pornografia, prostituição e exploração sexual no turismo.
É importante conhecer os sinais apresentados por crianças e adolescentes
que são vítimas de violência sexual, dessa forma, a Psicóloga relaciona os
sinais da seguinte forma para que os pais e responsáveis fiquem atentos nas
mudanças bruscas de comportamento; irritabilidade ou agressividade excessiva;
se a criança ou adolescente permanece tenso, ansioso, assustado, como se
estivesse sempre em "estado de alerta"; se regride em seu desenvolvimento; demostra
dificuldade para socialização; passa a ter dificuldade de aprendizagem e baixo
rendimento escolar; utiliza linguagem sexual explícita, imprópria para a idade;
perde o apetite ou passa a comer em excesso; mostra interesse por brincadeiras
sexuais/erotizadas ou conduta sedutora (miniadulto).
Qualquer
desses sinais apresentados por crianças e adolescentes devem ser investigados,
logo que surgir a primeira suspeita de violência sexual, o caso deve ser levado
ao conhecimento dos órgãos públicos. Se necessário, os responsáveis devem ligar
no Disque 100, mantido pelo Governo Federal, que recebe, encaminha e monitora
denúncias de violação de direitos humanos. A ligação pode ser feita de telefone
fixo ou celular e é gratuita.
A psicóloga
e visitadora Priscila participa também do décimo segundo encontro e traz o tema:
RELACIONAMENTO ABUSIVO. Segundo
Priscila, "relacionamentos abusivos começam de forma parecida como todos os
outros: o casal se apaixona e cria um forte vínculo", explica. Os relacionamentos
abusivos apresentam alguns sinais preocupantes logo no
início, que têm a ver com o controle da parceira(o).
Existe
aquela intensidade de os relacionamentos se tornarem muito sérios em
pouquíssimo tempo. Um estabelecimento entre amor e confiança muito
grande.
Logo começa o processo de isolamento dessa
mulher da sua família, de amigos e até do trabalho. "Assim,
aos poucos, essa mulher vai cada vez mais ficando isolada, até o ponto em que
ela não consegue sequer compartilhar as suas angústias, suas dores, e pedir
ajuda", ressalta Priscila.
Conforme vão se intensificando as tensões, humilhações e ofensas, costuma
acontecer uma explosão de violência, que pode ser de vários tipos, como sexual
ou física. Depois disso, há a fase da lua de mel e suposta calmaria.
"Muitas mulheres, de fato, acreditam nessa mudança de comportamento do agressor.
Elas perdoam, permanecem naquela relação abusiva e até violenta acreditando que
aquilo não é tão grave assim, que ele vai tomar jeito, que ela vai mudar o seu
próprio comportamento e, com isso, vai mudar o comportamento do parceiro", comenta a palestrante. Em muitos
casos, é só no momento da violência aguda que a mulher vai procurar ajuda, e já
pode ser tarde demais.
Para finalizar o encontro, a palestra trouxe informações de como quebrar
o ciclo de violência. É possível prevenir o
feminicídio, porque ele é o fruto de uma violência progressiva. Por
isso, é muito importante que as mulheres tenham informações sobre o que caracteriza
um relacionamento abusivo. Nas últimas décadas, mudanças sociais e culturais e
a criação de novas leis criminalizaram a violência doméstica em muitos países,
inclusive no Brasil. A seguir, alguns passos para sair de um relacionamento
abusivo:
Em suma essa palestra foi produtiva para os integrantes, uma vez que
esses se mostraram interessados e foram muito participativos.
As informações sobre os dois encontros foram fornecidas pelo CRAS. As
reuniões contam com a colaboração dos funcionários, e apoio da Secretaria de
Promoção Social, fundo Social de Solidariedade, prefeitura e Câmara de Quatá.
Fonte: Promoção Social