DIGA NÃO A CAPINA QUÍMICA! Secretaria de Saúde alerta sobre os perigos da Capina Química
19/10/2015 00:00
Dia D contra a CAPINA QUÍMICA
A Secretaria de Saúde informa que AMANHÃ (20/10/15) será realizado o Dia D: Campanha “Eliminando a Capina Química das Cidades Paulistas”. Durante todo o dia, no Centro de Saúde - Postão, serão distribuídos folhetos explicativos e orientações para a população.
A CAPINA QUÍMICA é um procedimento que consiste na remoção de plantas invasoras ou plantas daninhas utilizando produtos químicos. Porém, esse procedimento pode causar danos à saúde. A Secretaria de Saúde de Quatá alerta para os perigos da Capina Química
Todos os agrotóxicos são tóxicos, mas os efeitos variam de um tipo para outro produto.
O trabalhador e a população que se expõe a quantidades pequenas ou moderadas e repetidamente, não percebe que está sendo intoxicado aos poucos e que vai adoecer.
O glifosato (herbicida) é muito usado, além de efeitos agudos ao organismo humano, se assemelha a certos hormônios (desregulador endócrino), e com exposições repetidas e em quantidades pequenas, vai envenenando as pessoas e o meio ambiente.
As crianças, em particular, são mais sujeitas as intoxicações em virtude dos seguintes fatores: quanto menor o peso, menor a dose de veneno necessária para intoxicar, e as crianças quanto menores, mais se utilizam dos espaços públicos para brincar, muitas vezes sentando-se no chão e/ou utilizando poças e águas paradas para diversão e ainda levam com frequência até a boca, objetos e alimentos que caem ou estão no chão onde se encontra o veneno.
Nos locais públicos, onde circula a população que fica exposta, sendo os mais vulneráveis como as crianças, idosos, mulheres grávidas, e os doentes de vários tipos inclusive aqueles que podem ter seus problemas de saúde agravados, como os que já tem problemas respiratórios, como asmáticos, alérgicos e outros.
Além dos danos a saúde, a Capina Química também pode provocar danos ao Meio Ambiente:
Contaminação dos animais domésticos e outros, tais como: cães, gatos, cavalos, pássaros, e outros que podem ser intoxicados, tanto pela ingestão de água contaminada, como pelo consumo de capim, sementes e alimentos espalhados nas ruas, o que se soma ao fato destes animais utilizarem calçadas e ruas como local de descanso;
Contaminação do solo e das águas, sendo que nas cidades que possuem corpos d’água como lagos, mangues ou outros mananciais aquíferos no seu entorno que podem ter seu ecossistema afetado pelos herbicidas arrastados com as águas da chuva.
Os jardins e árvores podem ser atingidos tanto pelo respingo durante a aplicação do produto, como pelas águas contaminadas espalhadas por veículos, podendo ocasionar desde a morte da planta até alterações morfológicas e fisiológicas. Exemplo: no Aterro do Flamengo/RJ palmeiras raras morreram pelo uso de herbicidas em capina química.
É tóxico para organismos aquáticos, micro-organismos do solo, minhocas, aves, abelhas, anfíbios, répteis e mamíferos.
PORQUE A CAPINA QUÍMICA É ILEGAL:
Por não ser autorizada, é indevida, e vem se realizando com base em ilegalidades.
Este uso tem sido realizado envolvendo desinformação, confusão, e ilegalidade no comércio, que ao fazê-lo está em desacordo com a legislação vigente no Brasil.
Como os produtos não são autorizados para o meio urbano, os responsáveis técnicos do comércio também não tem amparo legal para autorizar a venda para esta finalidade, e ao fazê-lo ainda favorecem aqueles que agem de má fé.
O USO DE AGROTÓXICO NO MEIO URBANO SÓ SE JUSTIFICA EM CASO DE EPIDEMIA E QUANDO RECOMENDADO PELAS AUTORIDADES DE SAÚDE. NÃO HÁ PERMISSÃO DE AGROTÓXICO PARA USO NAS CIDADES.
A CAPINA QUÍMICA SEGUE SENDO ILEGAL E INDEVIDA NAS CIDADES PELOS MOTIVOS TÉCNICOS E LEGAIS JÁ ABORDADOS NO ‘GUIA OPERACIONAL’ ACIMA REFERIDO E NO COMUNICADO CVS/TOXICOVIGILÂNCIA - 15, DE 7-4-2015, PUBLICADO NO DOE DE 08.04.2015;